terça-feira, outubro 31, 2006

AÍ VEM O TGV!

Como se tratasse de uma grande novidade, dada em primeira mão, o Governo voltou a anunciar a concretização do projecto TGV que, de megalómano e de difícil concretização e calendarização, passou a exequível e calendarizado.
A ligação Porto-Vigo deverá estar protnta lá para 2013 (dentro de 7 anos) e terá paragens em Braga e Valença. Como é evidente, vai atravessar todo o Alto Minho e Ponte de Lima não deverá escapar à passagem do comboio de alta velocidade.
Como ainda estam,os a tempo - assim o espero - é fundamental acautelar os interesses do concelgo, para que a passagem (porque apenas de uma passagem se trata) tenha o menor impacto ambiental e social possível, evitando-se desta forma algumas das consequências nefastas, e de má memória, que a auto-estrada A3 nos deixou.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Descida ao Sarrabulho

É já um marco no calendário velocipédico local. Três centenas de amantes do BTT descem os montes do concelho até à sua sede para, depois de saborearem a paisagem, degustarem um fabuloso sarrabulho à moda de Ponte de Lima. Realiza-se a 18 de Novembro e pode-se obtermais informação aqui.

quinta-feira, outubro 26, 2006

UM ANO APÓS...

Assinalou-se no dia 10 de Outubro a passagem do primeiro aniversário sobre as eleições que deram origem ao presente mandato autárquico. Por estas datas passam 265 dias sobre a tomada de posse do novo executivo. Com esta "efeméride" terminou o chamado período de "estado de graça", durante o qual é dado o benefício da dúvida a quem referendou um programa, saiu vencedor e tem agora o dever de o cumprir.
Durante esse edílico período de tempo podem até ser permitidas falhas que, noutros momentos, seriam"ferozmente" denunciadas e poderiam fazer correr muita tinta.
Bom momento este para realizar um pequeno balanço da "real politic" limiana, pois estamos convencidos que, daqui em diante, tudo devria ser diferente. Ou talvez não!
O passado não deixa grandes esperanças relativamente à luta política local. É certo que algo mudou à esquerda, com um partido socialista mais interventivo, mais dinâmico e capaz de ganhar protagonismo na cena local. Os próximos meses serão uma verdadeira prova de fogo para o Partido Socialista e também para toda a oposição, pois espera-se o endurecimento da luta e o aparecimento de diversas propostas para o concelho.
Do PSD pouco se espera. Liderado desde 1994 pelos mesmos protagonistas, acumulando derrotas atrás de derrotas e com resultados cada vez mais decepcionantes, não dá sinais de inflexão no seu rumo.
A tranquilidade tem sido a tónica dominante do mandato de Daniel Campelo, pouco sobressaltado com a oposição ou com os problemas municipais. Foi um verdadeiro ano de "estado de graça", apenas salpicado com alguma agitação, embora com consequências pouco evidentes.

Pela positiva registamos a gestão financeira de Daniel Campelo, irrepreensível, num momento em que são colocados em causa muitos autarcas que sobreendividaram os seus municípios e que, agora, enfrentam sérias dificuldades;
O reordenamento da rede escolar, com encerramento de escolas e abertura de novos centros (esperam-se alguns ajustes capazes de melhorar o que até agora foi planificado, pela via da carta educativa);
O cartão social a implementar em Ponte de Lima é uma medida positiva, que pretende beneficiar aqueles que mais necessitam e aqueles que mais contribuem para a o aumento da natalidade;
Finalmente o saneamento e o abastecimento de água foram uma prioridade e as obras avançaram (a oposição já em 1993 chamou a atenção para este déficit na qualidade de vida dos limianos, agora resolvido);

Pela negativa, a teimosia de Daniel Campelo em manter na sua equipa um Vereador que, em conjunto com outras pessoas, foi indiciado por falsificação de documentos e que se livrou de ir a julgamento à custa de um acordo que lhe custou 300 mil contos. A denúncia destes factos foi da CDU, efectuada na última Assembleia Municipal. Esta não encontrou eco nas restantes forças da oposição;
A desvalorização do desenvolvimento económico como factor essencial para a melhoria da qualidade de vida dos limianos - sem emprego não há rendimento disponível, sem dinheiro não se compra em Ponte de Lima e o concelho definha a cada dia que passa. Associados a esta constatação, surgem o fracasso IKEA (Daniel Campelo foi enganado e com ele fomos todos levados na cantiga - só não sabemos de quem, se do residente do Município se do Primeiro Ministro) e o lento arrastar do processo Cobra, que era o céu e parece que caminha para um verdadeiro inferno;
O centro histórico está a ficar muito degradado, deserto e desvalorizado, sendo fundamental um programa para a sua revitalização;
Um multiusos em Ponte de Lima parece surgido de um conto de fadas, sendo necessário meter urgentemente os pés na terra!;
A parcimónia desesperante com que avançam planos fundamentais para Ponte de Lima - o Plano de Urbanização de Ponte de Lima e o Plano das Pedreiras de St. Ovídio e do Monte de Antelas;
Registe-se, ainda pela negativa, a inexistência de uma verdadeira acção social escolar no 1º Ciclo, sobretudo quando facilmente se verifica que ela é mesmo necessária.

segunda-feira, outubro 23, 2006

O Gás natural está a caminho...

Cruzados há já alguns anos por um gasoduto, parece que finalmente vai chegar o gás natural a Ponte de Lima. Nada mais podemos fazer do que saudar a sua chegada!

sábado, outubro 21, 2006

A urgência de Ponte de Lima

Ponte de Lima foi confirmada como uma das localidades que vão ter um serviço de urgência activo, integrando o Plano traçado para aqueles serviços pelo Ministério da Saúde. O que ficou por saber (e é caso único no país) é se a urgência ficará no Hospital ou no Centro de Saúde. É que, este simples facto, faz toda a diferença. A instalar-se a urgência no Centro de Saúde o Hospital de Ponte de Lima poderá cair ferido de morte...
MUITOS DIAS PELA VIDA...

Revolucionou o voluntariado em Ponte de Lima. Foi uma experiência grandiosa e uma prova de vivacidade da sociedade limiana. Ficou marcada na nossa memória a iniciativa "Um dia pela vida".

quinta-feira, outubro 19, 2006

Não foi bonito, não senhor!

Este época do ano vai cada vez assemelhando-se mais à "silly season" estival. Parece que nada há mais para dizer ou fazer do que comentar o orçamento de Estado ou, na política local, os investimentos previstos para 2007 no PIDDAC. Já todos sabemos como é: os partidos da oposição "desancam" fortemente nas verbas a investir no distrito e os responsáveis do partido que suporta o Governo, defendem-se como podem, procurando justificar a magreza das verbas e o ostracismo a que, sistematicamente é votado o Alto Minho.
Não há remédio. Em tempos de crise ou de "vacas gordas", Viana do Castelo é sempre atirado para a cauda dos investimentos do Estado, apesar de ser um distrito deprimido, com cada vez mais problemas.
Este é um problema de falta de peso e influência política que não parece ter solução à vista. Falamos muito, às vezes até demais, mas valemos muito pouco.

As promessas que ouvimos nos últimos meses foram de mais investimentos, a realidade é de investimentos menores; em 2005 as SCUT nunca seriam tarifadas para promover o desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas. Em 2006 taxa-se a SCUT Viana-Porto, porque o Porto atingiu os patamares de riqueza definidos pelo Governo para taxar aquelas vias. Mas que tem Viana do Castelo a ver com isso. Com a riqueza dos outros podemos nós bem, o problema é a nossa crónica pobreza!

Convenhamos que não é bonito mentir, sobretudo mentir aos mais necessitados...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Pontos nos iiiiiiiiiii

Nunca foi publicado um "Estatuto Editorial" do "Parar para Pensar". Talvez fosse devido na altura certa. Nunca é tarde, sempre que a boa fé subsista.
Pois aqui vai...
Não vale a pena estar aqui com retóricas ou metáforas. Este é um weblog político, sim senhor! Porque fazer política é intervir, dar o seu contributo para a vida da "polis", da urbe. E esse é um direito das sociedades democráticas que, infelizmente, só é exercido por alguns.
A opinião é livre, como livre é o contraditório.
Mas é necessário conhecer alguns considerandos antes de entender o posicionamento daqueles que emitem opinião sobre a sua localidade, o país ou o mundo. É fundamental saber quem representam, ou se se representam apenas a si próprios.
O autor deste weblog representa-se a si próprio e as opiniões que veícula são apenas e só suas. Por isso possui uma amplitude de pontos de vista e uma margem de expressão mais largas do que aqueles que estão vinculados a estruturas políticas e que sabem quais são os limites ou as consequências da sua opinião. O autor do "Parar para Pensar" não calcula as consequências do que escreve, emite a sua opinião, sem usar a matemática dos votos que pode perder ou ganhar, a quem vai agradar ou molestar. É um exercício totalmente livre e descomprometido!
Como também respeita todas as opiniões que sobre os seus escritos possam ser registadas. É por isso que o sistema de comentários está activo e nele todos, sem excepção, podem opinar.
E respeita todos os pontos de vista, limitando-se a assumir as suas discordâncias. Sem qualquer tipo de insulto ou exercício de superioridade intelectual. Aqui admite-se o erro e abomina-se a infalibilidade!
Para finalizar, admira e sauda todos aqueles que, nesta terra, em pleno século XX têm coragem para emitir opinião porque, parecendo simples, esse exercício encerra sempre um mar de constrangimentos.

terça-feira, outubro 17, 2006

Cartão Família

Era uma promessa eleitoral e parece que vai avançar em breve. Anunciada por Daniel Campelo num encontro de autarcas do PP, a medida foi elogiada pelo líder nacional do partido que pretende empunhar a bandeira da oplítica da família.
O público alvo do cartão são as famílias numerosas e as mais carenciadas. Nada a dizer, por ser benéfica para o concelho e discriminar positivamente agregados com grandes encargos ou com dificuldades financeiras.
O que não se entende é que um concelho com estas preocupações e toda esta sensibilidade para a família (designadamente as que têm muitos filhos e as que vivem com dificuldades), não exista um sistema de acção social escolar para alunos do primeiro ciclo do ensino básico. É que essas crianças são precisamente as mesmas que vão beneficiar de descontos nas taxas de saneamento, nas tarifas da água, entradas em museus, teatros e piscinas municipais. Afinal, a educação e as crianças são ou não prioridade do município de Ponte de LIma?

segunda-feira, outubro 16, 2006

Os postes no nosso caminho!

O Cardeal Saraiva denunciou a existência de postes de iluminação que ocupam grande parte do passeio para peões na Rua Dr. Luís Gonzaga. De facto não se compreende, tendo em conta que são já postes antigos e inestéticos que deveriam ser "varridos" pela onda de renovação de mobiliário urbano a que temos assistido nos últimos anos. Mas não, estão de pedra e cal numa semana em que se celebrou em Ponte de Lima o "Dia da Bengala Branca", promovido pela associação de cegos ACAPO. Com obstáculos daqueles os nossos concidadãos cegos e aqueles que necessitam de cadeira de rodas para se movimentarem, não gostariam de passear em Ponte de Lima, sobretudo quando de todos é sabido que não é apenas aquela rua que sofre desse problema

sábado, outubro 14, 2006

O Fomento da leitura

No ano-lectivo em que entra em vigor nas escolas nacionais o Plano Nacional de Leitura, que visa genericamente elevar os níveis de leitura e de literacia dos portugueses, após um Verão sempre trepidante de actividades de rua, que retira o cidadão de espaços fechados mais frequentados no Inverno e inspirados em iniciativas de outros Municípios, deixamos a seguinte sugestão.
Ler no Verão tem outro encanto…
Mais disponibilidade, maior propensão, relaxamento, motivação para o enriquecimento, são algumas das razões pelas quais o Verão apela mais à leitura, entre outras coisas, como é evidente.
São os mais recentes títulos da ficção nacional ou estrangeira, os clássicos, ensaios, os livros de autores limianos mais recentes ou do passado, os ensaios, jornais e revistas. Tudo se lê mais no Verão.
Promover a leitura, mas sobretudo umas férias mais ricas pode ser uma boa e apreciada iniciativa.
A Biblioteca Municipal de Ponte de Lima é modelar no seu funcionamento, na articulação com a comunidade, mas não pode cristalizar. A animação da leitura na biblioteca e nas escolas, a animação da leitura nos espaços públicos, a apresentação de novos livros, o encontro com autores, a divulgação alargada e intensiva do livro limiano, a animação e fomento das bibliotecas escolares e das Juntas de Freguesia são algumas, entre as muitas iniciativas que podem ser levadas a cabo.
Mas, no Verão, no meio de tantas iniciativas, festivais, feiras, festas e romarias, a instalação de espaços públicos de leitura seria uma autêntica pedrada no charco, uma luz intensa e diferente no meio do clarão das noites quentes de estio.
Pequenos quiosques com livros, jornais e revistas à disposição de todos podem ser instalados em locais tão diversos como a Piscina Municipal e Festival de Jardins, Parque e Jardins do Arnado, Avenida dos Plátanos e Largo de Camões, onde aquele fim de tarde é, pura e simplesmente, irresistível.

quarta-feira, outubro 11, 2006

ONDE ESTÁ A ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR NO 1º CICLO?

Os alunos da Gemieira já frequentam o moderno Centro Escolar da Ribeira. Os interesses das crianças prevaleceram, felizmente.
O que não parece edificante é o facto dos encarregados de educação da Gemieira terem ficado a cantar vitória, já que lhes foram garantidas refeições a 1€ numa escola que as cobra a 1,18. Como dizia um conhecido actor, "não havia necessidade...". Do que há necessidade é de um sistema de acção social escolar para o Primeiro Ciclo do Ensino Básico, à semelhança do que acontece noutros concelhos. Um sistema que permita às crianças oriundas de famílias carenciadas beneficiarem de refeições gratuítas (ou a metade do preço), de livros e material escolar gratuíto ou parcialmente subsidiado. Ponte de Lima é, hoje em dia, um oásis, pois é o único concelho do distrito que teima em não implementar um sistema que tanto ajudaria os mais carenciados.
Apesar dos riscos de aproveitamento que uma medida destas poderia arrastar, evitar-se-ia que os prejudicados sejam aqueles que mais necessitam!

domingo, outubro 08, 2006

Foi a sério?

Por vezes a política traz consigo situações anedóticas e mesmo hilariantes. Com alguns políticos bem dispostos, ficamos mesmo sem saber quando falam verdade ou quando estão a tentar divertir o povo.
Foi nesta angústia que fiquei quando li as declarações do Vereador da Protecção Civil do Município de Ponte de Lima. Afirmou que encontrou a solução para o cíclico flagelo dos incêndios: nada mais, nada menos do que o fomento, incentivo e promoção da pastorícia, para que os caprinos possam fazer a limpeza de matos.
Tão simples e brilhante que nunca ninguém se tinha lembrado de tal!
E porque não começar com as Juntas de Freguesia (seu pelouro também), financiando a compra dos seus próprios rebanhos para comer o pasto dos baldios?; E financiando o próprio Estado para que as suas matas sejam invadidas por cabras e ovelhas?; E, já agora, abrindo uma linha de financiamento a particulares para que se dediquem à pastorícia no minifúndio minhoto?
Ou será mais uma anedota para juntar à do arbusto, plantado no meio de uma passadeira, mas que não é inconveniente porque a passadeira é larga?

quarta-feira, outubro 04, 2006

Dar mais vida aos jardins!

Ponte de Lima já é uma das capitais dos jardins. Muitas zonas ajardinadas, tanto no centro da vila como nas margens do Rio Lima, tornam a vila ainda mais bela. No entanto, é fundamental que aqueles espaços sejam mais animados e aproximados dos potenciais frequentadores.
Por exemplo, seria interessante que alguns jardins (talvez os menos frequentados actualmente) pudessem ter um pequeno espaço para que os proprietários aí levassem seus os cães e gatos, onde teriam as condições necessárias para deposição e posterior remoção de dejectos.
Por outro lado, nota-se a falta nos jardins da vila de Ponte de Lima (centro da vila) de parque ou parques infantis, uma excelente solução para os tornar mais frequentados e animados.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Ai o ambiente…

De repente, parece que tudo desabou em Ponte de Lima. Uma moradia ruiu por completo na freguesia de Arcozelo, devido a uma forte explosão. Em matéria ambiental, os últimos dias também nos trouxeram nefastas notícias.
A triste sina do Rio Lima continua. Depois de análises pouco convidativas ao banho nas suas águas, a extracções clandestinas de areia voltaram a ser notícia, designadamente na freguesia da Ribeira. O Molima denunciou mais um caso que as autoridades têm dificuldades em contrariar, voltando à memória dos limianos todos os malefícios e vidas ceifadas pela ganância da extracção daqueles que já foi apelidado de “ouro branco”.

Para os lados da Quinta da Graciosa deu-se o abate ilegal de algumas dezenas de sobreiros que levou à intervenção dos serviços florestais. O mal estava já feito, sempre em nome de mais alguns metros quadrados de construção e de projectos aprovados pelo Município que não respeitam a natureza e a manutenção de espécies arbóreas cada vez mais raras no concelho.
Por fim, as pedreiras de Arcozelo. Um articulista limiano troca a estética da paisagem pelo impacto económico da actividade de exploração de pedra em Arcozelo que esventrou a Serra d’Antelas. Troca, certamente, o presente pelo futuro. Não é um bom caminho. Todos vamos ficar a perder, sobretudo aqueles a quem a ganância do lucro fácil está a cegar, pois vão destruir rapidamente o seu próprio sustento, à custa do bem comum.
A Serra d’Antelas é património do concelho, não um joguete à mercê de quem dele se apropriou. E está a ser o petróleo para alguns (que poucos ou nenhuns impostos pagam) à custa do trabalho (e em que condições!) de muitos.
Regras, ordenamento, direitos e deveres são necessários. Mas enquanto esse trabalho vai sendo realizado, muito lentamente, a Serra continua a desaparecer mesmo na frente dos nossos olhos.