quinta-feira, agosto 31, 2006

Reflexões sobre os incêndios (II)

- As lições da Galiza e de Portugal (I)

A Galiza, que muitas vezes serviu de modelo na prevenção e combate a incêndios para nós portugueses - eu próprio o fiz - confrontou-se nos últimos dias com uma terrível vaga de incêndios. Impelidos a lutar em várias frentes, não evitaram o colapso, uma imagem de desorganização e descoordenação, e tiveram que recorrer à ajuda de outras comunidades autonómicas e ao estrangeiro. Várias reflexões podem ser efectuadas sobre esta realidade:

a) Quando há uma extraordinária conjugação de factores climáticos, organizativos e de ordenamento do território é muito difícil contrariar as chamas e a força da natureza.

b) A Galiza tinha um exemplar dispositico público de combate a incêndios florestais, disperso pelo território. Resolveu a Junta da Galiza diminuir este dispositivo em 30%, no final de 2005, decisão que deixou marcas;

c) A limpeza e ordenamento das matas deixou e deixa muito a desejar;

d) Os meios aéreos revelaram-se insuficientes, apesar da boa frota de aviões de grande capacidade que possui;

e) A coordenação Junta / Municípios é deficiente, muitas vezes condicionada por interesses e cores político/partidárias;

f) Os políticos, no momento em que deveriam ser combatidos os fogos e evitadas as catástrofes naturais e humanas, estavam ocupados em acusações e contra-acusações, denunciando esquemas e cabalas que, até à data, não conseguiram provar, levantando ainda mais fumo do que aquele que era provocado pelas chamas.

g) A plataforma Nunca Mais, criada e celebrizada durante a ressaca do desastre com o navio "Prestige" voltou à cena, através dos seus intelectuais, denunciando um fogo como um acto de "revanche" da direita. Tristes, pobres e desmiolados intelectuais galegos...

sábado, agosto 26, 2006

A "EXPOVACA"

O blog de Montenegro Fiúza publicou um texto de Manuel Pires Trigo com o título em epígrafe, onde coloca em causa o "empreendimento" da Feira do gado, situado na zona de S. João. Aproveito para recordar as ideias que aquitêm sido expostas sobre esta questão.
O problema começa na localização. Sítio mais nobre para a "coisa" não podiam ter encontrado. Depois no sobredimensionamento - só a "cow parade" pode hoje encher aquilo; depois no conceito - ainda ninguém sabe o que aquilo vai ser - não me digam que, sem o pensarem, encontraram um lugar para a feira!; Depois do anunciado multiusos ou centro de congressos (falta noção da realidade!), o melhor é começar já a chorar...
A Expolima ainda não tem identidade e estão a ESTRAGAR as margens do Rio Lima, que deveriam ser zonas de lazer e fruição para os limianos!

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sexta-feira, agosto 25, 2006

REFLEXÕES SOBRE OS INCÊNDIOS (I)

O final da época oficial de incêndios ainda está longe, mas já se podem tirar algumas conclusões sobre a forma como têm decorrido os trabalhos de prevenção e combate aos incêndios florestais em Portugal.

a) Fica bem claro que apenas um bom Verão pode contribuir para que o número de incêndios diminua. Por bom Verão entenda-se um Verão chuvoso. Portugal tem, hoje, um clima totalmente adverso aos incêndios.

b) O mês de Agosto é, foi e tenderá a ser, maldito para as equipas de combate;

c) Notaram-se algumas melhorias na coordenação, sobretudo na capacidade de resposta e mobilização;

d) O maior aparato de meios foi sempre direccionado para os locais onde havia maiores incêndios, mas também maior aparato da comunicação social. Por vezes ficamos com a sensação que só ardia o que se via nos telejornais;

e) Esta constatação tem uma relação directa com o que se passou no nosso distrito, onde ocorreram alguns dos maiores incêndios e com mais elevados prejuízos do país. Refiro-me aos incêndios de Paredes de Coura (com especial realce para a Área Protegida do Corno de Bico) e Arcos de Valdevez e Ponte da Barca (Parque Nacional da Peneda Gerês). Como é possível que zonas protegidas e o único Parque Nacional de Portugal ardam incessantemente durante dias e dias, sem que os dispositivos fossem equipados devidamente para fazer frente ao fogo que lavrava sem cessar. Com o único helicópetro estacionado no distrito avariado, apenas um esteve durante algum tempo operacional na região (o de Braga), atacando o fogo que lavrava em zonas inacessíveis por terra. Os meios aérios eram os únicos que teriam alguma eficácia tanto na Peneda Gerês como no Corno de Bico e pouco ou nada se viu. Este canto foi esquecido porque, pura e simplesmente, a comunicação social não o viu. Vergonha!

f) Esta vergonha é tanto maior quando se constata que Viana do Castelo continua no top de número de ocorrências e área ardida e, também ano após ano, os meios aéreos são os mesmos. Para quem quer combate rápido e eficaz às chamas, logo após a ignição, um helicópetro é muito pouco, quando se sabe que, por exemplo, no Algarve (que já ardeu quase todo, extistem três meios aéreos, talvez para os fogos que surjam no mar...). É um desrespeito continuado que ainda ninguém no Alto Minho teve a coragem de denunciar!

quarta-feira, agosto 23, 2006

DESEMPREGO CONTINUA A CRESCER EM PONTE DE LIMA...

Numa época do ano em que, tradicionalmente, o desemprego descresce (fruto do emprego sazonal no Verão), a Plataforma Minho anuncia que o desemprego desce no Minho. 19 dos 25 concelhos dos distritos de Braga e Viana do Castelo viram diminuir a sua taxa de desemprego. Apenas 5 aumentaram - Valença, Monção, Ponte de Lima, Barcelos e Viana do Castelo. São concelhos com números em perfeito contraciclo com a realidade nacional e do Minho. Particularmente precoupante é a situação de Ponte de Lima que, desde Abril apresenta números de inequívoa subida do números de desempregados. E, entre estes, grande parte deles continuam a ser jovens licenciados que não conseguem um rumo para a sua carreira no concelho!

O blog Ponte de Lima também se pronunciou sobre esta questão.

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terça-feira, agosto 22, 2006

Acampamento urbano de Ponte de Lima

O Acampamento Urbano de Ponte de Lima continua a ser um verdadeiro sucesso, sobretudo ao fim-de-semana. O mau gosto impera. A lamentável imagem fica! Houve quem, em tempos idos, defendesse aquilo como o preservar das tradições do piquenique à beira rio. Hoje está no executivo. Será que ainda pensa da mesma maneira, perante aquela imagem retrógada e terceiro-mundista?

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segunda-feira, agosto 21, 2006

O SIMPLEX MUNICIPAL!

É possível efectuar os pagamentos da água através do multibanco, evitando uma deslocação à tesouraria municipal, muitas vezes incómoda e dispendiosa (o concelho é grande...). Mas este é o único exemplo, pois mais nenhuma taxa ou tarifa pode ser paga utilizando este expediente. Grande parte dos processos de pagamento ainda são incompreensivelmente rudimentares, estando longe da informatização, que beneficiaria todo o processo, em celeridade e qualidade. Estamos espectantes pelo resultado do Vale do Lima Digital, que poderá trazer alguns avanços neste campo. Mas estamos também seguros que ainda vamos esperar muito tempo por eles. Entretanto, se não se importam, alguma coisa poderia ser feita para a liquidação das taxas de conservação de colectores, toldos e reclamos publicitários, esplanadas, licenças de obras e todo o tipo de pagamentos ao município.
Ah! Até os funcionários municipais e o Presidente da autarquia sairiam beneficiados, pois gastariam muito menos tempo no serviço e no atendimento ao cidadão e evitariam uma imagem retrógada assente na burocracia e na perda inútil de tempo.

Isto é SIMPLEX!

E por falar em simplex, seria possível saber quantos processos de obras foram já despachados, ao abrigo do sistema expresso implementado pela autarquia?

sábado, agosto 19, 2006

CONTRA-NATURA!

O Jornal Alto Minho, através do seu Director, insurge-se contra a forma de funcionamento "contra-natura" de um bar concessionado pelo município, junto ao Festival de Jardins e Piscina Municipal. De facto, em linguagem popular, o serviço é "meia bola e força", porque o objectivo é mesmo o lucro puro e duro. Como já foi referido neste espaço, também são totalmente "contra-natura" os preços praticados para entrada na piscina. São mesmo anti-limianos, porque os nativos desta terra são aqueles que menos podem beneficar de um espaço que deveria ser sobretudo deles, mas que custa os olhos da cara frequentar. A não ser que o desejo da autarquia seja que cada limiano apenas lá entre uma só vez...

quinta-feira, agosto 17, 2006

LOJA PONTO JÁ (Novos desenvolvimentos)
No Dia Internacional da Juventude foi feito o anúncio, pelo Secretário de Estado da Juventude, da abertura de novas lojas "Ponto Já", assim como dos respectivos critérios de abertura: Até final do ano vão estar em funcionamento "outras duas por distrito, nos concelhos com maior concentração populacional". Fica claro que, no distrito de Viana do Castelo, depois da capital de distrito, serão as vilas de Ponte de Lima e Arcos de Valdevez a receberem aquelas estruturas.
O critério é claro e objectivo, concorde-se ou não com ele. De facto três lojas em concelhos contíguos, todos no Vale do Lima, deixam em clara desvantagem os jovens do Vale do Minho...

Notícia completa do JN (2006.08.13)

terça-feira, agosto 15, 2006

PARA ONDE VÃO OS PREÇOS DA ÁGUA?

O custo de vida, designadamente o dos bens essenciais, não pára de aumentar. O aumento dos preços do petróleo não é alheio a esta realidade. No entanto, outros aumentos se perfilam para tempos próximos. Os sindicatos de Viana do Castelo têm alertado para essa realidade, designadamente o aumento dos preços da água, motivado pela transferência de muitos serviços, até aqui efectuados pelas autarquias, mas que agora são da responsabilidade da empresa pública Águas do Minho e Lima. A posse da distribuição em alta por parte daquela empresa e os inúmeros investimentos que foram e continuam a ser efectuados, implicarão ajustamentos nos preços, tendo em conta os pagamentos que agora as autarquias têm que efectuar à empresa. Contudo, em tempos de aumentos generalizados, é fundamental avaliar convenientemente o impacto dos aumentos de um bem tão necessário, quanto de consumo incontornável, como é a água. Os autarcas e a empresa Águas do Minho e Lima devem saber avaliar convenientemente as incidências de aumentos desmesurados e desenquadrados da realidade do Alto Minho. Podem apelar à poupança e os consumidores têm o dever de fazer um uso racional da água, mas não podem aproveitar os benefícios do monopólio e a fragilidade de quem não pode passar sem água potável de qualidade, para implementar preços e promover aumentos que vão ter efeitos sociais graves, que podem levar as pessoas a consumir água sem as devidas condições sanitárias. O bom-senso, é essencial na hora de tomar decisões!
Outra questão que pode trazer consequências nefastas é a indexação das taxas de "conservação de colectores" e do lixo ao consumo de água. Nada me move contra estas duas taxas, com as quais concordo já que tanto o saneamento como a recolha de lixo têm custos para a autarquia que deve ser ressarcida dessas despesas, embora entenda que as mesmas devem ser comparticipadas pelo município, agente de dinamização económica, que quer e gosta de ver as suas ruas e lugares cheios de forasteiros, mas que não pode desejar que a utilização por parte destes das suas infraestruturas sejam pagas pelos residentes.
Num momento em que se estudam os montante a indexar à factura bimensal da água, e em que se temem aumentos desmesurados, é fundamental que os nossos autarcas meditem muito seriamente sobre sobre as incidências desses aumentos e sobre quem deve ajudar a pagar a factura do saneamento e dos lixos. Algumas sugestões:
1. Que existam escalões diferenciados para consumidores domésticos e estabelecimentos comerciais;
2. Que dentro dos estabelecimentos comerciais sejam claramente diferenciados aqueles que implicam recurso sistemático e em níveis elevados à água e que produzem quantidades elevadas de lixo, e aqueles que não o fazem por especificidades da actividade desenvolvida;
3. Que os feirantes e expositores ambulantes tenham também que pagar uma taxa de lixo, tendo em conta a despesa que significa a recolha desses materiais;
4. Que existam benefícios e descontos na taxa de lixo para aqueles que, responsavelmente, juntam e promovem a recolha selectiva, depositando nos ecopontos papel, plástico, vidos e metais, ajudando em primeiro lugar o ambiente, mas contribuindo também para o aumento das receitas da Resulima (que não sabemos se têm ou não reflexo no preço pago pelo município pelo depósito no aterro sanitário dos seus lixos);
5. Que existam escalões diferenciados para agregados familiares com menores recursos e para idosos; Não seria descabido também, e como forma de incentivar a ocupação de habitações em zonas desabitadas, implementar incentivos através de descontos nestas tarifas;
6. Que os escalões para o saneamento e lixo não coincidam com os escalões do consumo de água, promovendo a fusão de dois ou mais deles, criando-se dois grandes escalões: até 15 metros cúbicos de consumo e mais de 15 m cúbico de consumo de água.

PS. Como curiosidade notar que Ponte de Lima, globalmente, possui já um dos tarifários mais altos do distrito logo no escalão de entrada, apenas superado por Viana do Castelo e Arcos de Valdevez.

Apontamento...

O Clube Náutico de Ponte de Lima editou um boletim informativo que dá uma panorâmica da sua granhde e profícua actividade. Chama-se "A Pagaia" e permitirá dar maior expressão aos êxitos e conquistas dos seus atletas.

sábado, agosto 12, 2006

UMA PÉROLA DA POLÍTICA À LIMIANA

O jornal Cardeal saraiva chamou a atenção para a existência de um arbusto, "estratégicamente" colocado em frente a uma passadeira na Rua Dr. Cassiano Baptista, que dificulta a visibilidade e o próprio acto de atravessamento aos peões. O Vereador da área do trânsito, questionado pelo periódico, entendeu que não se justifica a remoção porque "a passadeira é larga". Se a moda pega, não podemos contestar que existam postes de iluminação em locais de passagem de peões ou mesmo viaturas, como é usual ver-se em Ponte de Lima. Com esta pérola da política à limiana, apenas nos resta olhar para o céu e esclamar: "Santo Deus, a quem nos entregaste!".

Apontamento...

Nunca é demais referir a beleza da piscina municipal ao ar livre. Muito bem enquadrada e bastante versátil, permite beneficiar de boas condições de veraneio aqueles que a puderem frequentar. Digo puderem porque os preços ali praticados são proibitivos para uma parte significativa da população. A máxima parece ser: quem puder (financeiramente), vai à piscina, quem não puder, contenta-se com um mergulho no pouco asseado Rio Lima. Preços de 3€ por pessoa à semana e 5€ ao fim-de-semana são exagerados (Uma semana de frequência significa uma despesa de 25€). Quando nos reportamos a famílias, então os custos (casal e 1 filho) vão para mais de 50€ numa semana. Um exagero lamentável que faz com que milhares de limianos não tenham possibilidade de frequentar um equipamento municipal!

quinta-feira, agosto 10, 2006

NÃO EXISTEM MAS ESTÃO INTERDITAS!

Pois é, a praia do Arnado não existe, pois ninguém a nível oficial - em Ponte de Lima - as reconhece, mas as suas águas continuam a ser analisadas pelo INAG e interdita-as. No local, nem uma indicação sobre este facto. No entanto, não deixa de ser bom para o município pelas altas taxas que cobra na entrada na piscina municipal.
A notícia é da SIC, mas tomamos a liberdade de transcrever um excerto:

As praias costeiras de Matosinhos, Castelo do Queijo (Porto) e Árvore (Vila do Conde) e Lagoa (Póvoa do Varzim) e as praias interiores de Rio Gadanha, em Monção, e Arnado, em Ponte de Lima estão interditas por apresentarem análises de má qualidade.
A Quercus assinala ainda que um total de oito praias costeiras e sete interiores já apresentaram este ano pelo menos uma análise má.
A praia de Vila Praia de Âncora (concelho de Caminha) apresentou duas análises más, enquanto as de Alemães (Albufeira), Rainha (Cascais), Porto da Cruz (Machico) e Salema (Vila do Bispo) apresentaram uma má análise cada.

No interior, a do Rio Cávado (Póvoa de Lanhoso) apresentou duas análises negativas e as de Olhos de Água (Alcanena), Pego Fundo (Alcoutim), D. Ana (Ponte de Lima) e Rio Rabaçal - Rabaçal (Valpaços) uma má análise cada.
A Quercus considera "fundamental que sejam investigadas e explicadas pelas autoridades as causas prováveis destas análises más e as medidas que estão a ser tomadas para evitar mais ocorrências".
Para além do saneamento deficiente e da poluição, a Quercus aponta outros problemas, como os maus acessos e insuficientes zonas de estacionamento, o excesso de áreas concessionadas, a falta de limpeza dos areais e a presença de cães são outras falhas
Apesar do cenário, de acordo com a informação oficial recolhida, 334 praias das 494 zonas balneares em Portugal apresentaram sempre análises com qualidade boa.
O estudo da Quercus foi baseado nos boletins de análise oficiais efectuadas nas zonas balneares portuguesas entre a terceira semana de Maio e a primeira semana de Agosto, disponíveis até ao passado sábado no site do Instituto da Água (INAG).

quarta-feira, agosto 09, 2006

A BIBLIOTECA ITINERANTE DA GULBENKIAN

Faz em 2006 cinquenta anos que foi criada a Fundação Gulbenkian, uma instituição que marcou profundamente a cultura em Portugal durante meio século. Em 1958 começaram a circular pelo país as primeiras 29 bibliotecas itinerantes, quiçã o elemento mais palpável e conhecido da acção da Fundação em todo o território nacional. Fica a memória da Biblioteca Itinerante de Ponte de Lima que, durante muitos anos, era o grande municiador de literatura para o nosso concelho, substituindo uma ineficaz biblioteca municipal, limitada no espólio e, sobretudo, na gestão. Com o surgimento da nova Biblioteca Municipal, em finais da década de 80 do século passado, a itinerante da Gulbenkian perdeu peso e influência, deixando mais tarde, em 2002 com a extinção do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura, de marcar a habitual presença das sextas feiras em Ponte de Lima (no início e no topo da Avenida António Feijó). O Município, tal como outros no país, foram os fieis depositários das bibliotecas itinerantes, cuja sucessora de Ponte de Lima continua a ter um importante papel na dinamização cultural do concelho. Na memória ficam também os dinamizadores da biblioteca, que nunca esqueceremos.

Apontamento...


Segundo o jornal "Expresso", o Presidente da Junta de Freguesia de Paredes de Coura, durante uma reunião partidária promovida pela nacional do Partido Socialista, afirmou "nós ganhamos as eleições e o PSD é que continua a mandar". Não sei a que se referia (o jornal também não o concretizou), mas deu para entender a forma instrumental como vê a política. Depois de eleitos, os responsáveis políticos não devem ver cores, mas sim pessoas!

A Assembleia de Freguesia de Ponte de Lima criou uma comissão para analisar e avaliar o actual momento do sector comercial da sede do concelho e para propor medidas, para contrariar a tendência crescente da diminuição da dinâmica e volume de negócios do sector, com especial incidência para o centro histórico. Parece que mais ninguém reparou, até à data, que de facto o centro histórico está a morrer!

segunda-feira, agosto 07, 2006

A Loja "Ponto Já" de Ponte de Lima

Ponte de Lima vai ter uma loja "Ponto Já", numa parceria entre o município e a Secretaria de Estado da Juventude, através do Instituto Português da Juventude. É uma excelente notícia para Ponte de Lima, sobretudo para os jovens que, assim, terão a possibilidade de, próximo da sua residência, beneficiarem de um espaço de informação, formação e lazer.
Desde a primeira hora que o município de Ponte de Lima disponibilizou o espaço da antiga escola primária para uma loja, demonstrando uma grande vontade de instalar aquele serviço. No entanto, numa primeira fase, por opção da Secretaria de Estado da Juventude, a opção recaiu nas sedes de distrito, mais concretadmente nas Delegações Regionais do IPJ, modernizando aquelas estruturas e ajustando-as às necessidades actuais dos jovens. Além disso, ficariam cobertos os grandes centros populacionais e uma fatia importante dos jovens do país.
Para a segunda fase de instalação das lojas, o critério manteve-se: procurar servir o maior número possível de jovens, apontando-se a instalação das lojas para as localidades que, em cada distrito, tiverem maior população, exceptuando-se aquelas que já possuem lojas "Ponto Já". Obviamente a escolha no distrito de Viana do Castelo é Ponte de Lima, a segunda localidade com mais população é Ponte de Lima que, assim, terá muito em breve a segunda loja do distrito.

Apontamento...

Fernando Calheiros é uma figura incontornável de Ponte de Lima. Presidente da Câmara Municipal, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários, membro fundador do Rotary Clube de Ponte de Lima. Em suma, uma vida intensamente dedicada à sua terra. Hoje é motivo de notícia porque, pela segunda vez, assumiu a presidência dos rotários limianos, uma instituição que continua a trabalhar no sentido de ajudar os mais necessitados, ao mesmo tempo que apoia e colabora com grandes causas à escala mundial, como a erradicação da poliomielite e a alfabetização.

quarta-feira, agosto 02, 2006

AS FEIRAS NOVAS ESTÃO AÍ!

As Feiras Novas 2006 foram já apresentadas. Em equipa e programa que vence, não se mexe, parece ser esta a máxima da organização. E bem.
Fundamental é corrigir alguns aspectos que têm funcionado menos bem o que,em parte, parece ser a preocupação dos responsáveis. Muito positiva a intenção de dar mais espaço aos transeuntes, retirando-o aos comerciantes; o estender da festa, procurando mais insistentemente levá-la até às novas zonas de S. João.
Num entanto um aspecto deve merecer ponderação e preocupação. Foi referido que não será permitida música gravada na zona das Pereiras, no centro histórico, alegadamente por razões de segurança com base num relatório elaborado pela PSP. Assim, toda aquela animação seria transferida para a Expolima, agora transformada no grande centro de animação de Ponte de Lima.
Esta decisão, com a qual não concordo, levou-me a reflectir sobre o passado das festas e as razões que atraem à nossa vila tantos milhares de forasteiros, oriundos de todo o país. Entre outras, são elas:
1. O cariz popular das festas;
2. O seu programa alinhado com as raízes da região;
3. A sua localização no tempo, onde a concorrência das férias e de muitas outras festas, romarias e acontecimentos diversos não se faz sentir;
4. A história e tradição da romaria;
5. A espectacularidade, genuinidade, espontaneidade e cariz marcadamente juvenil (uma faceta das festas que não pode ser esquecida) da festa no centro histórico, designadamente a zona das Pereiras, com condições naturais únicas para aquele tipo de actividade. É uma faceta moderna das festas, que contribuiu para o seu crescimento e afirmação e que a torna incontornável na agenda de muitos milhares de pessoas, de norte a sul do país.

Retirar a música gravada daquela zona é esvaziar por completo aquele espaço de animação.
Concordo com a definição de regras rígidas, mas discordo frontalmente e em absoluto, da decisão. As consequências podem ser nefastas para quem deseja que a animação continue e que as Feiras Novas continuem a ser referência.
De entre as regras que podem ser definidas e implementadas, sugiro a definição de uma hora limite para a passagem de música gravada (3 ou 4 horas) e para a abertura dos bares (4 ou 5 horas); limite do número de colunas e bares exteriores; a implantação de um posto de primeiros socorros (na zona da capela das Pereiras) que evite o vai e vem de ambulâncias por entre a multidão; presença permanente de um corpo de segurança na zona; utilização da zona da Expolima como um "after hours" que receba os frequentadores das Pereiras após o "encerramento" desta;

Entendo esta questão como muito importante para o sucesso das festas. É fundamental fazer sentir à Comissão de Festas a viabilidade desta proposta. Proponho, por isso, que este blog constitua um espaço de intervenção cívica, solicitando que neste "post" sejam deixadas mensagens de apoio ou reprovação à intenção da Comissão de Festas eàs ideias aqui expostas, que depois serão encaminhadas para o município.
PARTICIPA!