sexta-feira, junho 30, 2006

Carta Educativa (II)

5. 1º Ciclo – A previsão para os próximos anos é de estabilização da população escolar. Nesse sentido as escolas que hoje têm poucos alunos mnão verão o seu número crescer no futuro. São propostos centros escolares muito pequenos (Cepões, 74 alunos, Calheiros, 66 alunos, Moreira do Lima, 54 alunos, etc.) onde não é sequer garantida uma sala por ano de escolaridade. Uma das virtualidades da concentração seria a de evitar ter alunos de anos de escolaridade diferentes na mesma sala de aula. É um contra-senso, um erro e uma oportunidade perdida. Escolas com, pelo menos, 150 alunos garantem que hoje, e nos próximos anos, este premissa seja respeitada. Seria preferível um reordenamento das seguintes opções: No Território Educativo de Arcozelo (Alto da Labruja – Cepões; Calheiros, Moreira do Lima, Estorãos, Arcos/Fontão); No Território Educativo de António Feijó (Rebordões Souto); No Território Educativo da Correlhã (Facha e Donas). Território Educativo do Neiva (Cabaços e Poiares).

É correcta a estratégia de “esvaziamento” da Escola EB1 de Ponte de Lima, permitindo que funcione dentro da sua real capacidade. Não será de descurar uma intervenção de fundo que permita aumentar a sua funcionalidade e adaptá-la às necessidades actuais.

6. As Escolas de Fontão, Moreira do Lima e Arcos deixarão de integrar o Agrupamento de Arga e Lima? Parece que o Centro Educativo de Arcos Fontão tenderá a ser localizado em Fontão – infra-estruturas já construídas assim parecem indiciar. Mas a lógica parece conduzir para que o mesmo se localize em Moreira e integrar também os alunos de Estorãos.

Calheiros e Cepões têm condições para, juntos, terem um excelente centro educativo;

Rebordões Souto poderia integrar o CE de Trovela; 8 salas podem não ser suficientes para os 192 alunos da Feitosa – se todas as 8 turmas tiverem 1 aluno portador de deficiência (NEE) o máximo de lotação da escola é 160 alunos (20 por turma)!; Não seria descabido projectar desde já um CE para Facha/Donas e pensar maduramente na possibilidade de Rebordões Sta. Maria integrar desde já, ou muito em breve, o CE da Feitosa ou Trovela, tendo em conta a grande dimensão de partida da EBI da Correlhã. Lamentavelmente o CE de Vitorino de Piães não permite absorver os alunos de Cabaços (tiro no pé? Como é possível que a carta educativa conclua que o CE de V. Piães é pequeno para as necessidades e já equaciona a utilização de uma escola que ia ser demolida?), assim como o de Freixo parece estar sobredimensionado. Seria interessante uma alternativa que permitisse esvaziar Freixo e absorver Poiares.

7. 2º/3º Ciclos do Ensino Básico – Prevê-se uma estabilização da população escolar e a manutenção das actuais escolas, apenas equacionando a ampliação da EB 23 de Freixo. Numa solução intermunicipal, como é o caso desta carta, é pena que não seja aberta a possibilidade de ser construída uma nova escola na zona S. Martinho/ Sta Cruz/ Padreiro, com um território educativo que poderia abranger estas freguesias mas também Bravães, Gemieira, Boalhosa, Serdedelo e mesmo Refoios, entre outras, de tipologia EBI.

8. Ensino Secundário – Nada a apontar, tendo em conta a descentralização proposta.

9. Ensino Profissional – É com pena que não vemos este tipo de ensino considerado na Carta Educativa, num momento em que a escola Profissional Agrícola de Ponte de Lima definha, debatendo-se com grandes problemas, sobretudo provenientes das áreas que lecciona e que não encontram resposta no mercado. É fundamental repensar esta escola e o ensino profissional no concelho e, além de algumas palavras que já ouvimos, nada mais se tem feito…

quinta-feira, junho 29, 2006

Carta Educativa (I)

1. A carta educativa da Valimar, que integra a do concelho Ponte de Lima, está em discussão pública e será apreciada na Assembleia Municipal de 30 de Junho. Aqui deixamos o nosso singelo contributo para o debate.

O documento da carta educativa está tecnicamente bem elaborado, devidamente fundamentado e permite obter uma visão do futuro para a educação em Ponte de Lima;

2. No entanto, olhando para as diversas propostas formuladas, ficamos com a sensação que a equipa que elaborou a carta se limitou a integrar as ideias e as decisões já tomadas pelo município ou as que este tinha projectado, sem procurar dar uma visão própria da realidade concelhia;

3. O que defendemos. Para a educação pré-escolar, defendemos como princípio uma cobertura total do concelho, assente na proximidade entre os estabelecimentos de ensino e as famílias, mas sempre que os Jardins de Infância tenham, pelo menos, duas salas em funcionamento; Para o Primeiro Ciclo do Ensino Básico, procurando a construção de uma escola de qualidade, pedagogicamente ajustada às necessidades actuais, promotora da socialização dos alunos, com potencialidades ao nível físico, material e humano para promover o sucesso, defendemos escolas com cerca de 200 alunos e, no máximo, 10 salas/turmas. Os edifícios deverão estar equipados com espaços de apoio a expressões, desporto, novas tecnologias, entre outros, e preparados para os complementos educativos; Para o 2º ciclo, defendemos uma progressiva aproximação, e mesmo integração com o primeiro, nas chamadas Escolas Básicas Integradas, que permitam uma desejável sequencialidade do processo ensino/aprendizagem; As escolas básicas existentes no concelho – presentemente sedes de agrupamento de escolas (Freixo, Correlhã, Arcozelo e António Feijó), serão os grandes eixos articuladores da realidade anteriormente descrita, além de pólos concentradores do 3º ciclo do ensino básico, actualmente o último da escolaridade obrigatória. Não será, no entanto de descurar, a necessidade de uma nova escola na zona S. Martinho / Sta. Cruz / Padreiro, que poderá também servir freguesias da margem direita do Lima (ligadas pela futura ponte de Padreiro), que permitiria também a criação de um novo agrupamento de escolas, redimensionando o sobrelotado António Feijó. O Ensino Secundário estaria centrado na Escola Secundária de Ponte de Lima e, eventualmente, com um pólo em Freixo, tendo em conta o previsível aumento da população escolar neste ensino. O Ensino profissional necessita de um novo impulso, já que a Escola Profissional Agrícola não dá resposta às expectativas dos jovens, nem às necessidades do concelho, tendo em conta o seu “focus” na área agrícola, presentemente pouco atractiva. A expansão de cursos profissionais na Escola Secundária pode não ser suficiente para corresponder aos anseios da procura, tendo em conta as limitações de infra-estruturas e pessoal daquele estabelecimento para cursos que vão além da mecânica, informática ou, eventualmente, electricidade. No que concerne ao ensino superior, contrariamente à satisfação pela expansão e consolidação da Universidade Fernando Pessoa, temos o definhar lento e doloroso da Escola Superior Agrária, à qual o Instituto Politécnico deve estar atento para evitar o seu total esvaziamento e desaparecimento (mercado “oblige”), com todos os inconvenientes que tal significará para Ponte de Lima. Por outro lado, a necessidade, como de pão para a boca, de uma infra-estrutura exclusivamente dedicada aos cidadãos portadores de deficiência, num concelho que regista o maior número de casos do distrito. Dói ver tanta demora e desinteresse por uma questão que é crucial para a qualidade de vida destas pessoas, que apenas assistem a um prolongado “faz de conta” desde 1990.

4. Pré-escolar. Desde cedo a carta educativa assume a construção de um centro educativo em Arcozelo, desactivando um dos mais recentes jardins de infância construídos no concelho – Vilar com duas salas – para integrar as crianças num espaço com 5 salas. Concordamos com o princípio da articulação entre o 1º Ciclo e o pré-escolar, mas discordamos do desperdício de recursos, em nome de concentrações excessivas. Arcozelo tem uma “zona baixa” de grande concentração populacional (Além da Ponte, S. Gonçalo e Faldejães e mesmo Sta. Comba) que justificam uma solução independente (que evita grandes estruturas e muitos alunos), deixando para a zona interior da freguesia, em conjunto com freguesias vizinhas, outra infra-estrutura. A solução alternativa proposta de afectar a escola da Freiria a JI com duas salas, é mais viável.

O que será feito do JI de Serdedelo, novo e com boas condições mas já sem alunos, sobretudo agora que abriu o centro educativo da Ribeira, capaz de absorver os poucos alunos de Serdedelo e Boalhosa?

É muito importante que a oferta do pré-escolar tenha em conta as iniciativas solidárias existentes no concelho, que devem sempre funcionar em complementaridade.

Por outro lado, e mesmo não sendo objecto da carta educativa, é fundamental pensar e implementar uma rede de creches no concelho, nestes momentos altamente deficitário.

quarta-feira, junho 28, 2006

PRIVILEGIAR OS AUTORES LIMIANOS

A Escola EB 23 de António Feijó, dando continuidade a uma iniciativa que teve o seu arranque no ano anterior, continua a homenagear os Homens de Letras limianos. Começou com o Conde d’Aurora, mas este ano decidiu abordar a vida e a obra de um autor contemporâneo, capaz de dar o seu testemunho não apenas através da sua obra, mas da sua palavra, da sua presença, da sua experiência. O significado destas iniciativas é enorme, pois permite aos alunos conhecerem os vultos das letras da sua terra-mãe, conhecer o seu passado para poderem compreender o futuro, mas ajudar a preservar o presente, iniciando-os num dos mais belos passatempos que podemos ter: o amor à nossa terra, o limianismo que cresce e está cada vez mais enraizado junto de todos nós. Amândio Dantas é um poeta limiano, muitas vezes incompreendido, como o são todos os poetas em vida. Grande ideia EB 23 António Feijó!

domingo, junho 25, 2006


NOVO COMANDANTE DOS B. V. DE PONTE DE LIMA


Os Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima têm um novo Comandante. A passagem de testemunho ocorre hoje mesmo, dia 25 de Junho. Chama-se Carlos Lima, é um jovem de 30 anos e é uma aposta de futuro da actual Direcção. A confiança nos mais jovens como garante da necessária força renovadora, é uma prova da capacidade e potencial que os mesmos têm junto daquela instituição, numa perspectiva de a modernizar e adequar aos desafios que o presente e o futuro lhe colocam. Com a entrada de Carlos Lima, sai – a seu pedido – João Nascimento, um Homem dedicado e valoroso que comandou os destinos do Corpo activo durante quase uma década. Bem-haja e obrigado.


NÃO HAVERÁ JOVENS VOLUNTÁRIOS EM PONTE DE LIMA?

400 jovens vão vigiar as florestas do distrito. De fora apenas ficou um concelho: o de Ponte de Lima. Será que alguém da autarquia conseguirá explicar, convincentemente, porque é que o concelho com maior número de incêndios do distrito de Viana do Castelo não candidatou qualquer projecto ao Programa Voluntariado Jovem para a Floresta?

O ATRACTIVO DOS TAPETES

Ponte de Lima ficou mais bonita com os tapetes. Após um interregno que encheu os limianos de amargura, 2006 marca o regresso de uma belíssima tradição. O agradecimento é devido a todos aqueles que possibilitaram este belo momento: os moradores das 7 (sete) ruas que aderiram à iniciativa (um número record, com a estreia da Cardeal Saraiva); todos aqueles que durante a noite se lhes juntaram; as Guias de Portugal que assumiram juntamente com os seus pais a Rua Cardeal Saraiva; particulares e empresas que forneceram alguns géneros alimentares e bebidas; o Município que assumiu as despesas dos consumíveis gastos na elaboração dos tapetes; por fim a Junta de Freguesia de Ponte de Lima que dinamizou, incentivou, motivou os limianos para aderirem a esta iniciativa, coordenou todos os trabalhos e logística, e apoiou financeiramente as diferentes ruas.

sexta-feira, junho 23, 2006

A CULTURA DOS NÚMEROS E OS NÚMEROS DA CULTURA

A actividade cultural melhorou em Ponte de Lima nos últimos anos. Os números de partida eram de tal maneira incipientes que não seria muito difícil elevar o nível, tanto no campo quantitativo como no qualitativo. Hoje temos um panorama cultural e dinâmica diferentes, propulsionados pelo aparecimento de novas e revitalizadas infra-estruturas, como são o caso do Teatro Diogo Bernardes, Auditório Municipal, Torre da Cadeia Velha, Capela das Pereiras, Paço do Marquês, Museu Rural, Museu dos Terceiros, Casa de Além da Ponte, Biblioteca Municipal, Arquivo Municipal, e a promoção de diversas iniciativas culturais de rua – Feira do Livro (urge repensá-la), concertos de ar livre, festival de ópera, etc. O panorama editorial de autores limianos ou de obras sobre Ponte de Lima animou-se bastante nos anos mais recentes, sendo o nosso concelho aquele que mais dinâmica editorial tem demonstrado, muito pelo apoio dado pelo Município a novas edições.

O que não me parece correcto, nem oportuno é reduzir a cultura a meros números, como o fez recentemente o pelouro da cultura limiano. Isso não chega, podendo ser mesmo o caminho mais pernicioso e mais enganador. Não é fácil conquistar públicos para a cultura, mas mais difícil é ainda se o critério for a quantidade e não a qualidade. É precisamente neste particular que ainda há muito trabalho a fazer. A qualidade e a democraticidade no acesso à cultura são passos que ainda não foram totalmente dados e que urge dar, para que a cultura não seja uma “quinta” de alguns, quando é necessária como o pão para a boca para todos.

terça-feira, junho 20, 2006

HORSE-PARADE OU GARRANO-PARADE À MODA DE PONTE DE LIMA!

A iniciativa CRIARTE da APPACDM invadiu Ponte de Lima com cavalos, elaborados ao que sabemos pelas escolas e jardins-de-infância do concelho a partir de materiais diversos, muitos deles recuperados. Foi um mar de criatividade e bom gosto que invadiram a nossa vila e tornaram Ponte de Lima num clone de Lisboa, uma “cowparade” à moda do Minho. Pena foi que, como é infelizmente habitual, a cobertura dos media nacionais tenha sublinhado a velha máxima que “o resto é mesmo paisagem” para lá de Lisboa, e que a falta de civismo e desrespeito pelo trabalho dos outros tenha marcado presença, facto que motivou a destruição ou desmantelamento de algumas das obras expostas. Ficou água na boca e a vontade de ver novamente esta iniciativa no próximo ano nas ruas, avenidas e praças de Ponte de Lima.

domingo, junho 18, 2006

MAU JORNALISMO OU BAJULAÇÃO?

Então foi Daniel Campelo que travou o encerramento da Urgência do Hospital de Ponte de Lima? A fazer fé no título de 1ª página de “O Povo do Lima” foi assim mesmo, já que o Presidente da Câmara Municipal se propôs “emprestar dinheiro” para as necessárias obras naquele serviço.
Que injustiça. Que mau jornalismo e serviço prestado a este concelho. Tantas entidades se pronunciaram, se mobilizaram, fizeram sentir ao Governo e seus representantes a injustiça das suas intenções e, no final, fica com os louros aquele que, provavelmente, menos fez e apenas reagiu à boleia da A.M. e A.F. de Ponte de Lima, as mais rápidas a colocarem o “dedo na ferida”, em vez de agir. Será mesmo que a atitude de Daniel Campelo terá sido a mais correcta em termos éticos? Não deveria ter colocado à consideração da Assembleia Municipal Extraordinária a ratificação daquela medida, tendo em conta que se tratava de um empréstimo do município ao Governo, com dinheiro dos limianos, medida nunca incluída e apreciada em programas eleitorais ou planos de actividades, e tendo em conta que a iniciativa de contestação à intenção da tutela foi sempre discutida e liderada pelos partidos com assento na Assembleia Municipal?

Mais. Não é prudente fazer “prognósticos antes do fim do jogo”. Ponte de Lima ainda espera para ver e deve apostar tudo no apoio à moção saída da Assembleia Municipal para que, com o apoio de todos os partidos políticos aí representados seja possível ver a urgência do Hospital e o próprio Hospital continuarem a servir as populações.

sexta-feira, junho 16, 2006

O FÓRUM DO MUNICÍPIO

O Município de Ponte de Lima, no endereço http://forum.cm-pontedelima.pt/ criou um fórum, onde pretende ver discutidos diversos aspectos da vida municipal. A iniciativa é louvável pois não é frequente ver os responsáveis municipais tão receptivos a ouvirem os munícipes sobre as áreas da sua competência.
Como “não há bela sem senão”, este fórum tem limitações. E grandes. A maior tem a ver com as áreas que aborda. Neste momento são três: Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e Arcos; Festival Internacional de Jardins e Centro Histórico. São poucas, limitam o âmbito das discussões e redutoras do papel que pode ter uma ferramenta como esta, que não se pode deitar a perder precisamente no momento em que é criada. Porque não colocar o fórum ao serviço do inquérito público em curso, sobre a Carta escolar da Valimar? Porque não colocar o fórum ao serviço das diversas áreas de actuação do município, designadamente a Juventude e Desporto, a Educação, a Cultura, o Ambiente, o desenvolvimento económico, etc., etc. Porque não transformar o fórum num espaço de debate de ideias, de promoção da cidadania, de fábrica de ideias para o futuro de Ponte de Lima?

quinta-feira, junho 15, 2006

DIA DE FESTA, APESAR DA CHUVA


Foi dia de festa rija, que nem a chuva conseguiu estragar. A VACA DAS CORDAS voltou a correr as ruas e o areal limiano. É uma tradição como todos nós gostamos. Simples, do povo e para o povo. Não contém desfiles, feiras de vaidades ou tribunas de notáveis. Quem quiser corre com o boi (ou vaca), à frente ou atrás. No fim, a festa continua, nas ruas de Ponte de Lima, sobretudo as do Centro Histórico, onde a espontaneidade criou um dos maiores arraiais populares de rua que se conhecem no Norte de Portugal. Mas houve mais. Na véspera do Corpo de Deus de 2006 regressam às ruas de Ponte de Lima os tapetes floridos. Foi uma tarefa árdua e complicada pela chuva, mas o resultado foi sublime. Ficaram com uma "vestimenta" e colorido maravilhosos as ruas Beato Francisco Pacheco, do Rosário, da Abadia, do Postigo, Cardeal Saraiva, de Souto e General Norton de Matos. Bem hajam os moradores e todos aqueles que os apoiaram, designadamente as Guias de Portugal. Por muito que alguns o tentem ignorar, os tapetes são obra das gentes de Ponte de Lima, dinamizadas, incentivadas, motivadas e apoiadas pela Junta de Freguesia limiana e pela Câmara Municipal que apoia financeiramente. Os louros não são de ninguém em particular, nem devem ser atribuídos a qualquer autarquia, mas depois daquilo que se tem ouvido de alguns responsáveis, é importante colocar os pontos nos "iii" e dar o seu a seu dono!

sábado, junho 10, 2006

BREVES

Como importante ponto de passagem do caminho português para Santiago de Compostela, Ponte de Lima necessita, como de pão para a boca, de um albergue de peregrinos. Informação já existe que chegue em Ponte de Lima, pelo que mais um espaço informativo aumenta a oferta, mas pode também aumentar o ruído. Os peregrinos que chegam a Ponte de Lima, são encaminhados para alojamentos pagos, alguns deles bem pagos, e aqueles que pretendem dormir em espaços gratuitos, são encaminhados para o quartel dos Bombeiros Voluntários, onde as condições não são, obviamente, as melhores. Esta demora pode tornar Ponte de Lima só e apenas um ponto de passagem, em detrimento das localidades que já abriram albergues de peregrinos, casos de Paredes de Coura ou Valença.

Nova sinalização horizontal da vila, está a ser bem recebida e vem preencher um quadro de ilegalidade ou de omissão até agora reinante. As passadeiras tornaram-se passadeiras e o trânsito ficou melhor ordenado. Positivo!

A EDL foi distinguida pelo Instituto do Desporto de Portugal. Merecida condecoração para uma instituição que tem sido a grande responsável pelo desenvolvimento em Ponte de Lima das modalidades ditas amadoras, designadamente o basquetebol, natação e ginástica.

sexta-feira, junho 09, 2006

BOAS NOVAS!

Uma bela notícia para Ponte de Lima. As obras de beneficiação do Museu dos Terceiros, fruto de uma bela parceria entre o Município e o Instituto Limiano estão praticamente concluídas e deverá ser inaugurado no dia 8 de Dezembro, anunciou o Dr. Brochado de Almeida, coordenador daquela estrutura. O anúncio foi efectuado no Dia dos Museus, na altura do lançamento da obra “Francisco à descoberta do Museu”, um livro que, de uma forma lúdica, pretende dar a conhecer aos mais jovens um pouco da história dos edifícios sede do museu dos Terceiros e da própria história de Ponte de Lima. Este espaço, será um importante pólo cultural no roteiro limiano, que deve também ser articulado com outras importantes estruturas do mesmo género, existentes no Norte de Portugal, com especial ênfase para Braga, um importante centro do turismo religioso do qual Ponte de Lima poderá beneficiar.

Outro campo que é importante potenciar e articular com a restante oferta, é o do ambiente e da paisagem. A Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e Arcos S. Pedro foram reconhecidas como “zona húmida de interesse internacional”. Este reconhecimento contribuirá para a internacionalização e o aumento da visibilidade daquele sítio de condições naturais privilegiadas. A articulação entre todas estas estruturas, de áreas tão diversas, como a cultural (a que se deve associar o museu rural), patrimonial (pontes medieval e romana, paço do marquês, torre da cadeia velha, centro histórico), ambiental e artística (caso do festival de jardins, dos espaços expositivos) da biblioteca municipal, do arquivo municipal, é fundamental para que se assumam como um todo que vale a pena visitar. A tudo isto deve ser associado o alojamento de qualidade, a gastronomia e a etnografia. Só assim, é possível vender um produto genuinamente limiano, mas sempre integrado num todo que pode ser o Minho, como identidade cultural, artística, etnográfica, gastronómica e patrimonial.

segunda-feira, junho 05, 2006

DECEPÇÃO, DESCRENÇA, TRAIÇÃO, FALSAS EXPECTATIVAS, INCAPACIDADE, DESÂNIMO...

São alguns dos sentimentos e adjectivos que nos assolam no momento em que é confirmada a opção da IKEA por outras regiões do país, depois de terem sido criadas grandes expectativas de que aquelea unidade industrial se instalaria em Ponte de Lima.
O show-off com que foi anunciado o investimento em Ponte de Lima, as expectativas criadas pelos governantes e pelo Presidente do Município limiano deixaram nascer e crescer a esperança nos limianos. Esta é uma hora de decepção, tristeza e descrença. Num concelho cada vez mais pobre, com cada vez menores perspectivas de emergir da crise em que se encontra, estas notícias são fatais. Os pólos industriais estão "às moscas", a velha promessa da nova fábrica de queijo já passou para as galerias de um qualquer museu das promessas incumpridas, a deslocalização da Adega Cooperativa de Ponte de Lima é uma miragem, o IKEA já tem outro destino, o investimento da COBRA - outra grande bandeira - tarda em libertar-se da rede de desconfiança em que está envolto, o comércio limiano definha, Ponte de Lima está a caminhar a passaos largos para possuir um belo "centro histórico fantasma".
As provas de incapacidade são muitas, e cada vez mais evidentes. Só a falta de memória as poderá desvanecer!

A reacção do Presidente da Câmara Municipald e Ponte de Lima

Daniel Campelo disse hoje que se sente desrespeitado pelo governo e pela Ikea e quer que lhe expliquem porque é que foram alteradas as opções e requisitos iniciais para a instalação da nova fábrica sueca.Em conferência de imprensa, ao início da tarde, no final da reunião do executivo limiano, Campelo garantiu que o Primeiro Ministro lhe comunicou na véspera da apresentação do investimento do grupo estrangeiro, que a Ikea ia mesmo instalar-se em Ponte de Lima.Daniel Campelo acusa o governo de continuar a marginalizar o interior, deu os parabéns ao presidente do PSD, que diz ter tido uma intervenção directa no processo e alerta para os interesses que estarão por trás do novo negócio.O autarca lamentou que o município de Ponte de Lima tenha sido usado pelo governo no processo da Ikea, que diz ser um estranho processo, e fica à espera de explicações.

A culpa tenderá a morrer solteira, se todos - como se pode verificar - apontarem o vizinho como o responsável desta enorme perda para o concelho. O que se exige é que se fale SEMPRE VERDADE!

sexta-feira, junho 02, 2006

AS LIÇÕES DO HOSPITAL

Ponte de Lima está a viver um momento singular no campo político partidário. Por duas razões: em primeiro lugar está a assistir-se a uma invulgar convergência de opiniões e princípios, entre todas as forças partidárias com assento na Assembleia Municipal, em prol da manutenção da urgência no hospital de Ponte de Lima e da revalorização daquela estrutura, assim como a reflexão e proposta de medidas para toda a área da saúde no concelho; em segundo lugar, depois de muitos e muitos anos de parcimonioso arrastamento, a Assembleia Municipal afirmou-se não apenas como um espaço de debate e recomendação, mas como um fórum pro-activo, capaz de reflectir, inquietar e fazer agir para evitar prejuízos para o concelho e, neste caso, todo o distrito.
Aqui o mérito está nas forças partidárias que entenderam a necessidade de se unirem para lutar pelo bem comum, que entenderam que antes dos interesses político-partidários e dos interesses das direcções nacionais dos partidos, está o interesse da sua terra e daqueles que os elegeram para os cargos que agora ocupam; mas o mérito é também do Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, Abel Baptista, que soube congregar esforços e unir as pontas para establecer uma plataforma de reflexão e reivindicação capaz de chegar a todas as instâncias. Não tenho dúvidas que a Assembleia Municipal obrigou a Câmara e o seu Presidente a agir prontamente, para que fosse possível vislumbrar uma solução, embora a acção deste se pautasse por uma anormal diplomacia que, o tempo o dirá, não sei se será suficiente para atingir os objectivos propostos. Neste campo particular, a Assembleia Municipal, mesmo com a presença e participação activa do partido que suporta o Governo, foi mais acutilante e radical do que o Presidente da Câmara. O que não é normal, registe-se!
Agora espero que a solução proposta resulte. Entendo que qualquer solução que permita a continuidade da urgência em Ponte de Lima e que abra perspectivas de valorização do hospital é uma boa solução. A proposta do Presidente da Câmara de Ponte de Lima, embora onerosa para todos os limianos, é engenhosa e coloca o Ministério da Saúde entre a espada e a parede, por ter publicamente afirmado que a razão que estava na base da proposta de encerramento das urgências era a manifesta (e visível) falta de condições daquele espaço. Espero agora as cenas dos próximos capítulos.
Uma referência mais do que merecida. O homem que na última década mais lutou pela valorização do Hospital de Ponte de Lima, mais investimentos para aquela estrutura conseguiu, melhores condições de funcionamento lhe deu, foi o Eng. João Barreto. Nada melhor do que o tempo e o distanciamento para lhe fazer justiça. E a diferença com quem o antecedeu e com quem o sucedeu é gritante. Tristemente gritante!
Resta agora esperar pela resolução dos problemas físicos da urgência, por um novo élan destes serviços e dos serviços prestados no hospital limiano, pela união dos limianos - e de todos os altominhotos em torno desta questão essencial para a saúde da região, pela continuidade da atenção e capacidade interventiva da comissão da A.M., pelo apoio de todos os órgãos políticos concelhios (designadamente as Assembleias de Freguesia pois as Juntas estavam representadas na A.M.), que devem manifestar formalmente esse apoio e unir-se em torno da moção aprovada na Assembleia Municipal do dia 29 de Maio.